No último sábado, dia 6 de dezembro, durante reunião do Conselho de Representes da FAM-RIO, em Jacarepaguá, destacou-se a discussão sobre a questão da mobilidade urbana no bairro, um dos maiores e mais importantes da Cidade.
Representantes de várias associações deram depoimentos sobre o problema que, há anos, têm sido motivo de demandas e que se torna cada vez mais grave no cenário cotidiano de moradores e cidadãos que utilizam a região para se deslocar.
Entre outros pontos, foi debatida a questão das recentes obras do BRT – transporte coletivo estatal do município do Rio de Janeiro -, suas consequências, as deficiências da integração, a situação atual dos coletivos, o cancelamento de várias linhas que ligavam a região a outros bairros e a estrutura mal acabada após incursões feitas de forma rápida e pouco cuidadosa.
Boom imobiliário – Ao mesmo tempo, com a valorização de muitas áreas, o bairro tem observado um crescimento imobiliário vertiginoso, sem entretanto, ter um acompanhamento em termos de planejamento. Com isso, a questão da mobilidade urbana, tema delicado mas sempre posto em voga,
O volume de tráfego na Estrada Grajaú-Jacarepaguá aumentou em 30% desde 2009 e a questão da mobilidade urbana na região extrapola a solução pontual. O planejamento viário e urbano do bairro precisa ser revisto pelo Executivo, de modo a garantir a qualidade de vida local, conforme destacado no encontro.
Representatividade e meios de interlocução
Além de alternativas viárias pontuais, a comunidade solicita a revisão do Plano de Estruturação Urbana. Este Plano tem motivado empreendedores a construírem nos bairros da Taquara, Tanque, Freguesia e Pechincha e, por consequência, gerado maior impacto no trânsito local, com repercussões em toda Jacarepaguá.
A presidente da FAM-RIO, Sonia Rabello, disse que é preciso fortalecer os meios de interlocução entre a sociedade civil e o poder público, para resolução de conflitos, com canais permanentes onde as associações tenham representatividade, coloquem suas pautas, verificando, posteriormente o seu cumprimento.
“Proponho a criação de um Fórum de Mobilidade Carioca Popular e buscar viabilizar nossas pautas e prioridades, encaminhando-as ao poder público, articulando com diversos órgãos para que tais demandas sejam cumpridas efetivamente, dando publicidade a todas as nossas ações, cobrando dos responsáveis soluções para estas questões que há décadas se arrastam aguardando definições”.
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